Pré-candidata a presidência pelo MDB, a senadora Simone Tebet negou nessa quarta-feira (26) que possa desistir do Palácio do Planalto e ocupar o lugar de vice, em outra chapa, como um acordo político do partido.
A senadora acredita que a visão de que a candidatura dela seria “só de fachada” é mais uma representação da violência política que as mulheres sofrem.
“Eu agradeço a lembrança, mas não obrigada. Não estou colocando meu nome a vice. Porque falam do meu nome e não de outros candidatos? O União Brasil hoje não fala em candidatura própria, o PSD não sabe se lança um candidato e a gente já estruturou a pré-campanha. A minha pré-candidatura é pra valer, é o maior partido do país, minha candidatura veio da base, da militância, não dos caciques, não tenho maioria dentro dos diretórios”, revelou em entrevista à Mario Kertész, na Rádio Metrópole.
“Ao contrário do racismo que é escancarado e estrutural, a discriminação com a mulher é velada. Não preciso ir longe, uma mulher recebe até 25% menos para ocupar a mesma função de um homem. O exemplo escancarado de como é difícil ser mulher na política foi a CPI, a gente estava pedindo apenas o direito de voz, não admitimos 20 homens falaram antes de uma única mulher poder falar”, completou.